Foto: Reprodução
O lançamento da pré-candidatura da ex-prefeita de Pelotas Paula Mascarenhas (PSDB) ao Palácio Piratini por lideranças tucanas, há uma semana, surpreendeu o cenário eleitoral. Isso porque as especulações apontavam que Paula trocaria o PSDB pelo PSD, acompanhando o governador Eduardo Leite (PSD), de quem é amiga pessoal e aliada política de primeira hora.
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Atual presidente estadual do PSDB e secretária de Relações Institucionais do governo Leite, Paula destacou durante o seu lançamento, que ocorreu num encontro em Rio Grande, a legitimidade das pré-candidaturas de partidos da base do Piratini. “Respeito profundamente as demais pré-candidaturas, lançadas por partidos que, como nós, integram a base do governo do Estado. Sabemos que este é o momento legítimo para que cada partido se apresente para representar o grupo neste grande desafio de dar sequência ao governo Eduardo Leite. O PSDB não se furta a esse desejo de protagonismo, porque tem história e tem entregas marcantes no Estado”, afirmou ela.
Caciques nacionais do PSDB, como o deputado Aécio Neves e o presidente do partido, Marconi Perillo, não teriam ficado nada satisfeitos com o lançamento de Paula, já que articulam a vinda do prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata (PDT), para a sigla, inclusive para comandar o PSDB estadual e até concorrer ao governo do Estado. Com o fator Paula, o cenário tucano no Estado fica embaralhado e atrapalha os planos dos caciques de uma reestruturação do partido em solo gaúcho com novas lideranças.
É possível que os apoiadores da pré-candidatura do vice-governador Gabriel Souza (MDB) – escolhido por Leite para representá-lo na disputa – não tenham interesse em mais um nome de centro para dividir os votos. Além disso, devido à proximidade, dificilmente Paula decide seus passos sem consultar o governador. Só o tempo dirá se sua pré-candidatura é para valer.